• Uchiha Kyo •

Mensagens : 11 Data de inscrição : 17/04/2012 Idade : 28

• 歴史 •

Família, amigos, pessoas que sempre estavam presente seja nos momentos de alegria ou de dificuldade, alguns mais rígidos, outros até relaxados de mais, mas tudo em harmonia, a paz tão sonhada por aqueles que sempre viveram das guerras finalmente havia chegado, respeitados por todos, temidos por alguns e considerados extremamente perigosos para uma pequena e poderosa minoria. Esse era o cotidiano da maioria dos Uchihas, inclusive da família de Kyo. O qual contaremos a historia agora...

Eles viviam ao lado da mansão de Fugaku, líder do clã Uchiha e pai de Sasuke e Itachi, não era um lugar muito grande, porém possuía todos os luxos que uma das famílias principais do clã deveria ter, seu pai Reiko vivia contando histórias das batalhas travadas ao lado do poderoso Fugaku, aparentemente eram grandes amigos, tanto que após o ataque da Kyuubi à konoha, eles e alguns outros participaram de diversas reuniões visando um golpe de estado para tomar a vila, deixa-la nas mãos daqueles que já deveriam estar no poder.

Enquanto sua mãe, Yoko, se orgulhava de ter escolhido Reiko como marido, não era uma mulher de muitos amigos, até porque saia pouco de casa, saia em publico apenas em companhia do marido e em raras visitas a Mikoto, Mãe de Sasuke e Itachi. As duas, assim como Reiko e Fugaku, eram muito próximas, compartilharam seus medos, experiências, até alguns detalhes um pouco mais profundos sobre a relação que tinham com seus maridos.

Tempos de paz que infelizmente estavam com os dias contados, Kyo sempre foi um garoto tranquilo, sempre na sua, fazendo tudo aquilo que seus pais pediam, treinava constantemente com seu pai, desde luta corporal até o arremesso de armas cortantes, ele não pode ser considerado nenhum gênio, mas também não era um simples garoto medíocre, seu diferencial era aprender rápido, bastava que lhe mostrasse no máximo 3 vezes para que ele já tivesse uma noção de como fazer, não se sabe o motivo, mas seu pai sempre se recusou a lhe ensinar o jutsu do clã, o Gokakyuu, aparentemente ele não queria que seu único filho viesse a se machucar caso treinasse de forma errônea, tanto que quando ele resolveu ensinar seu filho, foi justamente naquele dia..

Kyo nunca havia dito a seus pais que os amava, não era fácil expressar sentimentos como esse, por incrível que pareça, muitos não conseguem dizer tais palavras para seus pais, quando dizem, eles já não estão lá para ouvir, é uma triste verdade.
Alguns dias antes do massacre do clã, Kyo havia mostrado interesse em saber sobre aquela espada que seu pai tanto se orgulhava, a ponto de deixa-la pendurada na parede principal da sala de sua casa, parede esta onde estava desenhado o Símbolo Uchiha com cores fortes, provavelmente era algum tipo de memorial, Reiko passava alguns minutos admirando tal imagem antes de dormir, do mesmo modo sua mãe, sempre que Kyo os perguntava sobre aquilo, eles fugiam do assunto, diziam que ainda não estava na hora e que um dia ele saberia o que significa.

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No dia do massacre, uma reunião entre os lideres do clã iria acontecer, provavelmente para tratar dos últimos detalhes do golpe de estado, neste dia Reiko estava muito inquieto, parecia preocupado com alguma coisa, Yoko tentava descobrir o que era, mas ele não dizia uma palavra, apenas caminhava de um lado para o outro, dizendo “Isto tá errado.. Não pode ser..” Palavras que não faziam sentido algum, o que só servia para assustar ainda mais sua esposa, que de tanto insistir o fez desabafar.

Reiko “Tudo isso aqui... Não vai restar nada, Itachi.. ele está trabalhando para ‘Eles’”

Yoko parecia entender a gravidade da situação e deixava escapar um choro de medo, Kyo ouvia tudo de seu quarto, mas não conseguia entender o que estava acontecendo, para ele não havia nada errado, estava tudo indo muito bem.
O sol começava a se pôr, enquanto Reiko reunia sua família em um porão secreto, havia os levado para lá, para protege-los, ele não teve tempo para avisar os lideres, ele apenas escolheu ficar ao lado de sua família um pouco mais.

Reiko: “Quero que fique aqui por algum tempo, pelo menos até a amanhã, eu trouxe comida e agua para vocês.”

Kyo: “Mas papai, porque você nos trouxe pra cá? E porque a mamãe está chorando?”

Yoko: “S.. seu pai.. vai ficar tudo bem conosco filho” – Ela o envolvia em seus braços, lhe apertando como se jamais fosse deixa-lo sozinho.

Kyo: “Mamãe..Não chore..”

Reiko “Kyo, me escute, quero que proteja sua mãe com todas suas forças, se fizer isso eu lhe prometo que ensinarei a você o Gokakyuu que tanto queria aprender. Ok?” – proferia com um sorriso no rosto, de seus olhos algumas gotas de lagrimas escorriam, enquanto ele acariciava a cabeça de Kyo.

Kyo “Eu prometo papai!”

Kyo dizia com certa empolgação, apesar de estar um pouco confuso em relação a tudo aquilo, afinal tinha apenas 9 anos, era ainda uma criança para entender toda o sofrimento que seus pais estavam suportando. Enfim, Reiko deixava o local, havia se passado muito tempo naquela despedida, talvez não houvesse tempo suficiente para avisar a todos do que estava por vir e realmente não havia tempo.

Gritos de agonia podiam ser ouvidos ao longe, pessoas implorando por sua vida, porém sem receber misericórdia alguma, o destino dos uchihas já estava selado, naquele dia toda a desgraça, todo o ódio que assolou aquela raça estava para ter seu final.
Reiko estava assustado, não sabia se permanecia em sua casa para proteger sua família, ou iria avisar Fugaku do que estava por vir, era tarde, seu algoz já estava ali a sua frente, apesar de sua face estar oculta nas sombras, Reiko sabia quem era, sabia também que não era pareô para ele, para o Gênio do clã uchiha, Itachi. Na cabeça dele, as lembranças dos tempos que passou com sua família o tomavam por completo, ele morreria no lugar de sua esposa e filho e foi o que aconteceu, Itachi com seu Mangekyou atacou Reiko sem demonstrar qualquer hesitação.

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Reiko: “E..então foi você...” – guspia sangue “V..você nã.. Merece levar esse nome.. Voc.. é uma vergonha para sua famili...”

Itachi não o deixou terminar, calou a voz de Reiko usando sua espada, cortando sua garganta o que levou o Pai de Kyo a morte.
O sangue de reiko escorria por entre o piso de forma lenta, dentro do porão não se podia ouvir nada, era realmente um lugar privado de qualquer contato com o mundo exterior.

Kyo: “Mamãe, quando o papai vai vir ficar com a gente? –perguntava de forma inocente para sua mãe que ainda lhe abraçava.

Yoko “Logo meu filho”

Ela mal terminou sua frase e foi surpreendida por uma gota que acabou caindo sobre seu rosto, era algo quente, que apesar de estranho , lhe passava uma sensação de calma e segurança. Era o Sangue dele, de seu marido. Quando Yoko passou a mão sobre a gota e viu o que era, imediatamente fechou os olhos e permaneceu quieta, afinal não queria assustar seu pequeno filho. Enquanto adormecia com Kyo em seus braços ela em sua mente pensava em algumas coisas...

‘Então.. é isso, você veio mesmo ficar conosco, né? Reiko. Você criou bem nosso filho, ele será forte como o pai. Sabe, eu... Pra sempre te amarei Reiko.’

Aquela noite terrível, finalmente havia terminado, mal sabia Kyo que tudo aquilo que viveu, todas as pessoas que conheceu, inclusive a que ele mais amou havia partido.

Yoko colocou seu filho ainda dormindo no chão e abria a porta do porão, sua casa estava totalmente quebrada, o corpo de Reiko estava um pouco à frente da entrada do porão, morreu com os braços abertos. Ela deixava o porão e se ajoelhava ao lado de seu marido, em prantos ela segurava sua mão e a beijava, a dor era intensa, suas lagrimas caiam sobre o corpo dele, era triste de se ver. Aos poucos ela melhorava, mas ainda chorando, erguia seu olhar em direção a entrada do porão e lá estava seu filho, com um semblante chocado, imóvel, ele parecia não acreditar no que estava vendo, seus olhos rapidamente se encheram de lagrimas e ele gritava insanamente. Kyo se deu conta que havia perdido seu pai, assustado, ele tentava reanima-lo, batia no peito de Reiko, afim de tentar revive-lo, mas sem sucesso, afinal não havia mais sangue em suas veias, os danos sofridos foram muito graves, não teria salvação nem se unidades medicas o tivesse atendido na hora que sofreu os danos.. A sensação de ambos, Mãe e filho era indescritível. Yoko um pouco melhor, porém bastante abalada se colocava de pé, caminhava para perto de Kyo e o segurava pelas mãos, queria afastar o garoto daquele lugar, ela o levava para a sala, mesmo com tudo destruído, o memorial que seu pai tanto admirava ainda estava inteiro, apenas com manchas de sangue. Yoko retirava a espada da parede e a colocava sobre o colo de Kyo.

Yoko “Esta espada filho, ela foi passada de geração em geração dentro da nossa família, ela pertenceu ao seu avô, ao pai do seu avô... E agora ela é sua, ela carrega a vontade de seus antepassados e principalmente o amor que seu pai sentia por você.”

Podia ser uma simples Ninjaken, porém ela carrega um valor sentimental incomum, algo que apenas Kyo e sua mãe poderiam entender.

Kyo “...”

Ele não conseguia dizer uma palavra se quer, apenas olhava de forma fixa para aquela espada sobre suas pernas. As palavras de seu pai ecoavam em sua mente, apesar de ainda não acreditar no que estava vivendo, ele se decidiu em manter a promessa feita para seu pai. Protegeria sua mãe com todas as suas forças.

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